sábado, 20 de junho de 2015

MERCENÁRIOS, MERCENÁRIOS - verbete glossario etimologia etimo

Colhereiro-comum

Tudo o que se sabe,
Sabe a mar.
Marisco.
Sabe a mar interior, o sangue, provado
Mar vermelho. Escaravelho escavado.
Sabe a mar exterior, em balouço no barco,
Com o surfista fora da crista da onda...
Sais minerais prováveis e provedores,
Nada potável,
Que saem do sal
Que saneia a fonte
E vai beber no doce rio doce
Cujo  pote cheio é o riacho
Em  seu berço de leite e mel
Despejado em toda a extensão do hipopótamo,
-  cavalo de água constituído
Assim com tamanha doçura...
- do mesmo doce líquido
Que  há em nossos leitos de leite e mel,
Prometidos  desde a Terra da Promissão,
Com peixes, anfíbios, ânforas gregas...
Alacaparras com arras no mercado do gourmet...

A  sal sabe o soldado,
Cujo soldo é sal.
A mesma paga se dá ao cavalo,
Que de bestas
Ambos  são criaturas ferais,
Cães para correr e matar.

À saúde  sabe o homem com saúde aquinhoado,
À santidade o homem  são (sadio,
Mas não da sadia
Como um frango que como ao almoço ),
Santo de corpo e espírito
( “Mens sana in corpore sano”)
E aqueles, aquelas que a ficção
Do Direito Canônico
Fez  são ou santa
- santificada ao se mover
 um processo de canonização,
Que não passa de uma presunção jurídica
( o Direito é sempre a presunção magna :
É o que presume o megalômano...
- um mono no poder!,
Conquanto tenha perdido a cauda
Em algum alcantilado.
Aliás, o Direito e as leis
São essas caudas de animais
Que nos saem pelas ventas
E outros foles furiosos a soprar
O ódio da víbora
Que elabora a peçonha da cobra  ).

Quem sabe a mar
Sabe a pote,
A água potável,
- Contida água doce
Água com aceite do mel,
Do leite e sais minerais,
Os quais sustem o corpo
E o mantém vivo.
O ser humano é este saber a mar
E a pote com água nas corredeiras
Onde desliza a canoa
E nada o menino
Inconsciente da morte
Na mesopotâmia da vida.
O homem é o ser
Que também chove em potes
Do vertical pluvial
E deita em terra
Em torrente que o leva  pelo horizonte
A tecer sinais de espuma
E sustentar escumas
Em pé sobre as águas.

O homem pleno
É aquele que é o santo guerreiro,
O varão sadio
Cujo corpo é do santo padre
 e mente da sã consciência.
Sendo um monge separado do mundo,
Mas dentro do outro mundo paralelo
Que consta do teorema de Gödel
E do princípio da Incompletude de Karl Popper
( coisas que eu e Nietzsche
Já pensáramos com mais amplitude
E maior simplicidade),
Porquanto o homem mesmo,
De fato e de direito em si, anelado subjetivamente,
Ou livre das peias do mundo,
É um governo em si
Num anel de governança
Que o acompanha
E dá vigor à sua soberania
Ante os estados da Besta,
Que contratam mercenários(mercenários).

O homem livre, entretanto, 
É o paciente do “pathos”
Que o domina física ou mentalmente
Quando se trata da mulher que ama,
Do amigo que preza
E da paixão ágape
Que o torna gigante, titânico, colosso ,
Da estatura do céu
E  estofo dos deuses que por lá adejam.
Erudito e sábio
Comanda o conhecimento limitado do homem
E possui toda a sapiência disponível no cosmos.

Os que assim não são completos,
São meros aleijões,
Meras alienações,
Tristes figuras quixotescas e grotescas,
Arqueiros, cavaleiros, infantes estropiados,
“Bons  Jesus” endêmicos em cléricos
E gente de missão similar :
Figuras caricatas do homem
Esses atavismos avoengos,
Anões atrozes, pérfidos...
Pífios pícaros.

Somos em potes
E em mar oceano,
Alto mar.
Livres de si mesmos,
Na curvatura do anel,
Que anela por prisioneiros
E butim fácil dos bútios
Que pensam servir à Deus,
Que é o anelo voltado para fora
Do deus interno,
Que comunga com o externo
No eterno retorno do anel
E do anelar por um pacto,
Uma mulher amada
-  que  se desdobra no amar,
Pois tudo é mar
E água doce
Enquanto há vida em abundância.

( Escólio:
Saber...: sabereis,
Mas seres
Não o sereis
Senão de mentira
Ou mendazes, mendigos
Do si sobre o ser
Fechando no anel dos Nibelungos,
Mas num anelar em que consta
A figura da serpente :
O ofídio sobre o ofício do Ofiúco
E a constelação por cabeça,
Cabeleira, Coma ( da Berenice?);
Não, mas sim de “Ophiuchus”
Em abóbada zodiacal latinizada, romanizada,
Romanceada pelo poder da língua romance,
Que, para mim, é o latim
Tim-tim por Tim-tim.
Não sereis reis,
Nem sereis sereias de lenda
Ou da língua “troncha”
Sobre a ambulância em ânsia de morte.
Metais terrosos,
Metais não alcalinos
Pode ser que sereis
Em corpo largado ao álveo
Abandonado à morte
Vestida e investida com os ossos do ofício
Ou, quiçá de Sá, do ofídio.
Ofiúco. “Ophiuchus”.
Mas por completo,
Ser não sereis,
Mas uma ficção de interlúdio
Do que poderias ser, sereis.
Entrementes, saber podereis
Quase tudo,
Se não a tudo em quasar,
Ou, ao menos,  o que se passa em microcosmos vivido,
Que repete e remete ao macrocosmos pensado,
Imaginado a nado da praia onde falecereis de vez.

Todavia, como ser não sereis
Senão em meia-lua,
Também não tereis, Tereza,
Como provar do terroir
Do que sabe
A  certas (erratas) coisas
Que a língua não sabe à terra,
Porquanto o ser não está
Presente em instante de alternância
E, destarte, desarma com ausência
O saber que pondera com Pandora
Desde vetusta hora
Que passou sem senhora,
Muito menos “Nossa” Senhora,
Que era a rainha,
A dona do reino,
A monarca soberana
Sobre os homens
E com poder de vida e morte
Sobre os míseros mortais, os súditos:
Palavra que nada mais é que eufemismo
Para prisioneiro, escravo...).

Ser não sereis, mas Ceres.
É o que vos cabe
Do que sabe
Ou pode ser sabido
Ou saído à flor da  lambida,
Ou da sensação olfativa,
Da oitiva na bigorna,
Ou no balido do martelo,
Se não na balada no tato dos dedos
A  dedicar ao dedilhar do alaúde
Que tocou e toca
Por minha mãe  na toca
- da morte:
Víbora em pó
Empós as alvas vividas
Ao modo de Mário Quintana,
Um poeta existente na Rua dos Cata-Ventos,
Pois cada ser tem o vento que quer,
No lugar que deseja...
Veja o caso de Manoel Bandeira,
Com poesia presa ao beco,
Mas sem Goiás Velho
Ou Cosme Velho
Onde se acabar
Engenho adentro, de dentro
Do labirinto do Minotauro
Que me vaga em terebinto...
Aum.svg

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sábado, 23 de maio de 2015

INOCULADA, INOCULADA - verbete glossario etimologia etimo

A barata (“Periplaneta americana”)
Passa próxima ao meu pé
Numa rapidez estonteante
Que a deixa tonta.
Essa  cena presenciei
Em vários momentos vitais
Ou nos quais estavam vivos
E em seu ser
Eu e a barata em périplo pelo planeta terra.

Quando uma e  outra consciência,
A minha  consciência daquilo
Que julgo ser consciência,
Une-se e liga-se à minha autoconsciência
Ou consciência da consciência minha
E da consciência do outro,
No caso da barata,
Que é  uma consciência
Da qual não estou cônscio,
Mas apenas imaginando
Ao lançar a minha consciência
No espaço e tempo
Que cobre ou cobra a relação
À maneira da cobra,
Que cobre o fio de cobre da comunicação à bateria ou pilha,
Espaço e tempo enquadrados
No visual geométrico que meço.

Com a percepção da barata
Passando para o alerta,
Posso então ver  a barata
Em seu esplendor de vida e corrida...
Ou em sua miséria e infortúnio?
O mesmo se dá
Com o fato tímido
que  torna a barata
Cônscia de mim  no entorno,
Vez que ela se volta
E  se depara com a minha  presença vital
Em meio ao seu meio de caminho,
Quase um cantinho
Para cantor de ópera bufa.
(Ufa! Bufa, bufão!).

Nossa relação pós-percepção mútua,
Senão tripla (quadrúpede? , centopéia..., artrópode...)
Com o meio  ambiente circundante
Perfaz dois comportamentos díspares
Que disparam imediatamente,  irracionalmente...
No melhor estilo disparado por um homem
Com fobia do bicho em tela.

A barata que aferiu a presença de meu ser
em seu campo de percepção
Foge esbaforida;
Eu, vendo-a em  desabalada fuga
Persigo-a com o afã
Que caracteriza e comanda a paixão
Da presa, que tende a se desprender
E  do predador em persecução tenaz.
Esses   dois movimentos de ser
Disparados ( disparatados)  entre mim e a barata tonta,
Depois de ocorrida a corrida,
Em que um se socorre
E outro só corre,
Acaba ao cabo de minutos
Ou em outro tempo
Que se arraste feito minhoca
Pelo chão do baixo ventre livre ou preso
Ao som e sono  de algum  saxofone
Que sacha a noite.
Esta a relação simples e chã
Comigo e a barata ao rás do chão,
Uma mera  corrida de barata
Faz-me crer que algo na  natureza
Está acordada e cônscia :
Que há um “nous” “in natura”
E Deus olha por aquela fresta
E, quiçá, por este ângulo me meça
Levando-me em seno a Pitágoras
Que me dá uma forma na geometria,
A qual me lava com uma fórmula
Iluminando parte do meu ser
Que vagava pelo lado escuro da lua
Sem rua nem batente
aonde uma porta me espera
Ansiosa por  ser batida
Pelos nós dos meus dedos
Em nua noite de lua
Em luta contra o luto.

Na língua culta, que foi o latim,
A qual  comunga  com as línguas
Que das línguas romances  se originou,
A barata tem a denominação  científica
Na nomenclatura binominal
 “Periplaneta  America”,
“Blattella   germânica”...,
Dentre outras similares
Que se referem às terras
Sobre as quais sobrevivem
E exprime um pouco
O que esse inseto faz
Em seu périplo.
Já eu estou em nomenclatura tríplice
Que diz o que sou
E o que mais sou...ou seja,
Sou algo em menor quantidade,
Mas em boa porção,
E outra coisa máxime  em quantidade; a saber :
“Homo sapiens sapiens”...
“Ecce homo”?!...
Não sei, não somo,
Máxime no que tange a lira ao homem,
Que “homo” sou no “húmus” da terra,
Ta qual a garricha cantante
E a urutu silente
Atrás da noite emboscada
Com uma baita peçonha
A ser inoculada(inoculada) à vítima de sua fome,
Que a chama à caçada
Junto ao demônio negro
Que corre ao relento da madrugada
Tangenciada pelo rio do rocio
Que está no cio.

Cambaxirra-cinzenta em Alta Floresta, Estado de Mato Grosso, Brasil



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